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A pandemia de Covid-19 já traz impactos nas políticas de HIV/Aids, como redução das equipes técnicas, de consultas e de exames de rotina. Nos programas de Aids, por exemplo, houve redução em 40% das equipes e 35% das consultas. Os serviços de referência relatam queda de 22% das testagens de HIV.
Os resultados são de uma pesquisa de entidades que acompanham políticas relacionadas a essas doenças. Na primeira etapa do levantamento, 69 coordenadores municipais e estaduais de programas foram ouvidos. Nas próximas duas fases, serão entrevistados profissionais de saúde e usuários.
Na apresentação dos dados preliminares, profissionais que atuam na ponta desses serviços relataram que a situação atual já é pior do que a retratada na pesquisa. "Os atendimentos ambulatoriais de pacientes com HIV foram praticamente paralisados na sua totalidade. Muitos serviços de referência fizeram a mesma coisa. Tudo isso sem nos avisar", disse Moyses Toniollo, do Conselho Nacional de Saúde, que mora em Salvador (BA).
Dilza Soares Silva, supervisora do serviço de DST-Aids de Campos Maior (PI), diz que o atendimento está restrito aos pacientes que estavam com atendimentos agendados. Também só recebem antirretrovirais aqueles que já tinham receita médica.
"Não há agendamento de novas consultas. Tenho três casos novos de pacientes soropositivos que não podem sequer faezr o teste de carga viral porque não estão marcando nada. Só para casos urgentes. Exames que estavam agendados também não estão sendo feitos", relata.
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